A vida em comunidade e seus
pilares:
Vida dos primeiros Cristãos. Que beleza! Tudo ótimo! Tudo perfeito?
• Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos
• Na comunhão fraterna
• Na fração do pão
• Nas orações
Tudo é um projeto que Lucas indicia à sua comunidade. É um como deveria ser. “é
assim que deveríamos ser. Temos que conseguir isso”. Os pilares de sustentação
da vida em comunidade nos ajudam a conseguir.
1º pilar: Perseverança no ensinamento dos apóstolos.
Esse ensinamento é aquele manifesto pelas palavras (discursos) dos apóstolos,
apontando Jesus como o centro de sua devoção; pelos milagres operados em nome
de Jesus; e pela experiência de perseguição por causa de seu nome. Por
conseguinte, ser fiel ao ensinamento dos apóstolos é ser fiel a Jesus.
2º pilar: Comunhão fraterna.
Isto é a partilha de bens; não se trata só de ajudar os necessitados, entre os
irmãos a comunhão fraterna chega ao ponto de partilhar os bens e as
propriedades, de tal modo que “entre eles ninguém passava necessidade” (At
4,34). Comparar com (At 6, 1-7)
3º pilar: Fração do pão.
Também neste ponto, a base da prática cristã é a tradição judaica: o costume
cotidiano segundo o qual o pai de família repartia o pão entre os membros da
família, os empregados e alguns hóspedes, na refeição do inicio da noite (cf.
Lc 15,17). No gesto de partir o pão, o pai de família dizia algum “bendito”,
agradecendo a Deus o alimento (daí é que vem Eucaristia, palavra grega que
significa boas graças, agradecimento).
Entre os cristão, a fração do pão adquire um novo sentido: é celebração da
Páscoa de Jesus, em que ele se entrega como cordeiro pascal. É portanto,
refeição comida em memória de Jesus (Lc 22,19).
Mas também no âmbito dessa experiência de fé podem acontecer abusos (cf. 1Cor
11,17-34).
4º pilar: A oração.
Em estreita ligação com os anteriores, está o quarto pilar que sustenta a
comunidade. As orações cotidianas em casa, nas sinagogas e no templo faziam
parte da piedade do povo judeu. Os primeiros cristãos continuaram a freqüentar
o templo e as sinagogas e a ler a Torá.
Jesus, homem de oração, não ensinou rezas. Ensinou a rezar: santificar o nome
do Pai, pedir o Reino, pedir o necessário, perdoar, reconhecer os próprios
limites, mas pedir com insistência, com confiança (cf. Lc 11,1-13).
No versículo 43 vemos que é um sonho de nossa comunidade, mas o TEMOR se
apodera de todos. Como este temor? Por que? = podemos interpretar pelo lado
teológico.
• A proposta de Lucas é contra Cultura, pois é totalmente desligada da cultura
dominante. É uma maneira, de vida, totalmente diferente. No entanto a cultura
geral está sempre ameaçando este modo diferente de vida e projeto que ele dá
para a sua comunidade. É uma meta, um exemplo de como se deveria viver. Ele
sabe que somos humanos, mas temos uma proposta de idealismo.
No versículo 43 Há muito temos em relação àquilo que os Apóstolos fazem.
Capitulo III, 1-10
Um dos sinais, prodígios que geram temor.
• Indo para o templo.
• Aleijado trazido para mendigar na porta do templo
• Pedro não tem dinheiro
• Pedro lhe dá a cura :
Onde está a chave da Cura?
• Restaura a dignidade.
• Aleijado entra no templo com eles; participa.
• A grande cura é esta dignidade de participar, ser um igual (ele não pediu a
cura) (com Jesus também algumas vezes a cura não era pedida).
O Templo para Lucas é sinal de Importância e de Poder. O papel de Pedro é a
conscientização, é levar a pessoa à participação no lugar de importância.
Oferece o que tem. Que se levante, dá-lhe a sua mão e faz com que o aleijado se
levante, ande e entre no Templo.
No sentido Teológico, ele encontra a fé e no Sociológico ele encontra a
dignidade. Pedro e João entraram com ele. Agora tem o mesmo nível. Podem entrar
juntos e recobrar a dignidade.
Dá Temor porque se pode rever esta cultura dominante. As Pessoas já não são
diferentes, objeto, mas podem todos entrar juntos. (Ver o texto da “mão seca”
Lc 6,6-11 - ele vai até o centro...).
Em Lucas, quando se fala “O Templo, entende-se o Templo de Jerusalém”, mas o
templo nessa época em que foi escrito Atos, já fora destruído pelos Romanos,
pois os escritos dos foram lá pelos anos 80.
Capitulo IV, 32-37
Este texto reflete um pouco a filosofia de Platão (República), mas também
reflete Dt 15,4.
Certamente tem algo de concreto nisto, pois os apóstolos e discípulos vindos da
Galiléia não podiam subsistir em Jerusalém, pois lá não tem pesca nem
agricultura. E os companheiros de Jesus eram, na sua maioria, pobres.
Certamente este grupo de miseráveis foi amparado por alguns ricos de Jerusalém.
Nem todos partilhavam tudo (5,1-11).
Lc quer motivar a partilha em suas comunidades à partilha.
Por isto se refere a Jerusalém, ou seja, as comunidades realizam o que Jesus
ordenara (Lc 1,46ss; 12,33; 18,22).
Resta uma dúvida: se Barnabé era levita (v.36), então não podia ter
propriedades (Nm 18,20; Dt 10,9).
Capitulo V, 1-11
Lucas faz crítica aos judeus de Jerusalém. O casal é caracterizado como
violadores das normas, pois o projeto é compartilhar os bens e isto não
acontece com perfeição. Uma parte é boa e outra é falha. Ananias e Safira,
juntos, fazem o ato: vendem, escondem o dinheiro. A mulher também faz parte do
ato econômico e social. Antes, no mundo judaico, a mulher não tem vez, não tem
direito algum. Aqui, ela é participante no lado bom e no falho; ela é
proprietária. A venda se dá com seu consentimento.
A 1ª intenção é participar da comunidade. Vender a propriedade = ou colocar em
comum sem perder o direito de propriedade. O problema é a mentira de ambos. Aí
está a transgressão do projeto da comunidade; deram só a metade. Se prometer,
tem que cumprir. A morte é a frustração de não poder entrar no grupo. Acabou o
projeto para eles. Não podem fazer parte do grupo.
A partir da fraude financeira contra a comunidade tudo pode acontecer. A lenda
de Ananias era um remédio assustador para cortar o mal pela raiz. O maior
pecado é o que se faz contra a comunidade, pois Lc quer que suas comunidades
sejam autênticas. Mentir para a comunidade em assuntos financeiros destrói a
comunidade. Ananias e sua mulher pecaram contra a comunidade, isto é, contra o
Esp. Santo, pois a comunidade (igreja) é obra dele. Havia crença de que a morte
era castigo (At 12,23; 1Cor 5,5; 11,30).
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