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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CNBB promove curso à distância sobre ‘Fraternidade e Tráfico Humano’


ESCRITO POR CRB COMUNICAÇÃO LIGADO . PUBLICADO EM DESTAQUE

Por Rosinha Martins |19.02.14| 
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em parceria com a Solar Consultoria, promove curso de capacitação à distância sobre a Campanha da Fraternidade 2014, que tem como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”. O curso terá como supervisora, a equipe executiva da C.F.
Oferecido em quatro módulos, com o total de 40 horas e com uma duração de 40 dias, o curso favorecerá aos participantes o estudo e aprofundamento sobre as causas e  as consequências do Tráfico de seres humanos e estratégias de ação na prevenção e enfrentamento do problema.
Histórico da Campanha da Fraternidade no Brasil; o tráfico humano no contexto da globalização, com foco na mobilidade e trabalho; as formas de enfrentamento ao tráfico humano; a abordagem da questão da escravidão e tráfico humano na Bíblia e na Doutrina Social da Igreja, à luz da dignidade e dos direitos humanos; propostas para o enfrentamento do tráfico humano e canais de denúncia serão os principais temas a serem estudos neste curso à distância.
Faça a sua inscrição.

"Jogue a favor da vida"


Copa do mundo x Tráfico de Pessoas: "Jogue a favor da vida"



ESCRITO POR CRB COMUNICAÇÃO LIGADO . PUBLICADO EM DESTAQUE

Mercado de gente aquece nas Copas do mundo pela grande circulação de dinheiro e preocupa governos, organizações não-governamentais, religiosas e civis.
Por Rosinha Martins | 15.11.13| Cerca de 150 religiosos e religiosas do Brasil e representantes da Alemanha, Colômbia, Bolívia e Uruguai lançaram na tarde desta sexta, 15, em Brasília-DF, a campanha “Jogue a favor da vida”, que tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a problemática do Tráfico de Pessoas em grandes eventos como a Copa do mundo. A Campanha é uma organização da Rede um grito pela vida, formada por religiosas e religiosas, que tem abraçado a prevenção do Tráfico de seres humanos em nível nacional.
Durante o lançamento da Campanha a coordenação deixou claro o significado da logomarca:as mãos, presentes na logomarca da Rede, revelam o símbolo de força e vida;  a bola deixa explícita a ligação com o esporte, destacando o futebol, paixão nacional que movimenta esses eventos no mundo; o verbo jogar, no imperativo tema intenção de estimular a ação, uma reação; o outro verbo ‘denuncie’, que se apresenta como sinônimo associativo do verbo jogar convida para um ato de amor e justiça, à saída da inércia para a colaboração. Para jogar, basta denunciar.
 A coordenadora, Irmã Eurides de Oliveira falou sobre a importância e o significado do lançamento de uma campanha como essa. “É uma alegria coletiva. Para a Rede Um grito pela vida, lançar a Campanha de prevenção ao Tráfico antes e durante a Copa de 2014 é uma oportunidade singular para o crescimento da visibilidade do problema do tráfico, momento de contribuir para coibir o seu crescimento e chamar a atenção da população para este crime que existe em dimensões tão abrangentes, mas que é bastante invisível para a sociedade”, afirmou.
De acordo com Irmã Eurides, outras organizações, núcleos de enfretamento do tráfico, a Pastoral do Menor, Instituto São Tomás de Aquino dos Jesuítas de Belo Horizonte, a PUC de Minas, a Pastoral do Menor, a Universidade do Vale do Rio dos Sinos- RS (UNISINOS), a Cáritas Internacional e o Ministério da Justiça são os parceiros para a eficácia dessa Campanha que também será lançada de forma aberta para a toda a sociedade no início de 2014.
A coordenadora disse ainda que se trata de uma campanha de prevenção e informação. Material impresso com as devidas orientações do conceito de tráfico, de como se prevenir serão distribuídos nas rodoviárias, nos ônibus, nos aeroportos, nos hotéis das cidades que sediarão a Copa. Os trabalhos iniciam de 18 de maio de 2014 até final do evento.
Além da campanha, foi lançado o primeiro livro da Rede. Trata-se de um subsídio formativo sobre o tráfico de pessoas. “É uma coletânia de textos escritos com a colaboração de vários autores, integrantes da rede, parceiros e colaboradores, com enfoque sociológico, eclesiológico, bíblico e uma coletânia de textos, orações  relativos à mística dos nossos encontros, além de uma orientação pedagógica para a capacitação de mutiplicadores”, relatou Irmã Eurides. Para aquisição do livro, o interessado/a deve procurar os núcleos da rede ou a CRB Nacional-Conferência dos Religiosos do Brasil. A Assembleia da Rede, que acontece a cada 2 anos, encerra no domingo, 17.
 Como se proteger do Tráfico de Pessoas
A CPI do Tráfico de Pessoas da Câmara dos Deputados, lançou um informativo com instruções muito importantes de como se livrar desta armadilha
Fique atento!
  • Desconfie de casamentos arranjados por agências e promessas de trabalho com altos rendimentos ou ganhos fáceis;
  • Não aceite contratos e promessas de emprego sem informações suficientes. Procure se informar com as referencias pessoais e profissionais do seu contratante;
  • Se viajar para o exterior, leve sempre uma cópia autenticada do passaporte e guarde-o separadamente;
  • Desconfie se alguém pedir par guardar seus documentos pessoais. Mantenha-os sempre em seu poder;
  • Os consulados e embaixadas do Brasil no exterior existem para ajudar você, independente se sua situação é regular ou não;
  • Tenha os números de telefones importantes à mão e aprenda a fazer ligações locais e internacionais;
  • Mantenha contato constante com alguém da sua confiança no seu país de origem, informando sempre onde e com quem você está, para onde está indo quando estará de volta;
  • Informe aos familiares mudanças de endereço ou de telefone.
Denuncie
Se você tem informações ou suspeitas de casos de tráfico de pessoas ou outra violação aos direitos humanos, ligue:
  • 180 para a central de atendimento à mulher;
  • 100, para denunciar violações aos direitos humanos.

Religiosas e Religiosos Brasileiros em Roma refletem sobre Tráfico Humano

21/02/2014 | Arlindo Pereira Dias
O tema da Campanha da Fraternidade 2014 sobre o "Tráfico Humano" foi motivo de oração e reflexão para cerca de 30 pessoas consagradas em encontro do RBR (Religiosas e Religiosos Brasileros em Roma) no dia 20 de fevereiro no Colégio Pio Brasileiro. Após assistir ao vídeo "Tráfico Humano" produzido pela Verbo Filmes, o grupo partilhou as impressões e os desafios que a campanha traz para os que vivem na Europa e de modo particular em Roma. Durante o plenário, várias observações trouxeram à tona os sentimentos do grupo: "parece filme de ficção, uma realidade distante, inexistente, porém muito mais próxima de nós do que parece", "uma temática com muitas facetas que exige uma ação coordenada nas paróquias e escolas", "faz-se necessária uma maior sensibilização que implique em câmbios estruturais".
O padre Júlio Cesar Werlang, da Congregação dos Missionários da Sagrada Família, recém-chegado para o serviço de Conselheiro Geral, recordou que deve ser "uma ação coordenada que envolva instituições civis". Uma das Irmãs Scalabrinianas partilhou a experiência da Casa de Acolhida mantida pela congregação, próximo a Basílica de São Joao de Latão, onde elas recebem mulheres migrantes na maioria provenientes da América Latina e Filipinas. Outra delas mencionou a falta de consciência do processo de escravização por parte de alguns citando o exemplo de Bolivianos em São Paulo submetidos a 16 horas de trabalho que diziam: "La eu comia só uma vez, nesta situação eu ao menos posso comer três vezes". Na Itália e na cidade de Roma os problemas ligados aos Latino-Americanos e Brasileiros se relacionam muitas vezes com as pessoas que chegam para trabalhar como babas e o aliciamento de mulheres e homens para a exploração sexual. O grupo destacou a ação organizada pela CRB através da Rede Um grito pela vida.
No final do encontro, o grupo de representantes das coordenações gerais e das comunidades religiosas em Roma assumiu o compromisso de organizar as seguintes ações concretas:
- Traduzir o texto da Via Sacra da CF2014 para o italiano para que possa ser rezado nas diferentes comunidades.
- Difundir a temática com o máximo de dados possíveis nos websites das respectivas Cúrias Gerais.
- Sensibilizar as pessoas em relação à Copa do Mundo que ira acontecer no Brasil com a seguinte proposta: "Não ao trafico humano: jogar com alegria sim; jogar com a vida das pessoas não".
- Aproveitar a ocasião da Caminhada Anual da Fraternidade feita pelas ruas de Roma no dia 6 de abril, com termino na Praça São Pedro (durante o Ângelus com o Papa Francisco), para sensibilizar para a temática.
Em momento informal, após o encontro, o reitor do Colégio P. Joao Roque Rohr, sj marcou presença juntamente com D. Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana e ex-presidente da CNBB que se encontra em Roma para o consistório para a criação dos novos cardeais.
Fonte: Arlindo Pereira Dias / Revista Missões

Francisco abre Consistório sobre a Família pedindo pastoral inteligente, corajosa e amorosa


21/02/2014 | Assessoria de Imprensa / POM
Com a presença do Papa e 185 Cardeais e futuros Cardeais, teve início na manhã desta quinta-feira, 20, o Consistório extraordinário que deve refletir sobre temas relacionados à Família. Francisco abriu o encontro com uma saudação aos participantes "destes dias de encontro e trabalho sobre a família, que é a célula fundamental da sociedade humana".
"Desde o início, o Criador colocou a sua bênção sobre o homem e a mulher, para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra; e assim a família torna presente, no mundo, como que o reflexo de Deus, Uno e Trino", afirmou.
Prosseguindo, o Papa disse que "a nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida".
O Papa disse ainda que serão aprofundadas "a teologia da família e a pastoral que devemos implementar nas condições atuais. Façamo-lo com profundidade e sem cairmos na casuística", advertiu, "porque decairia, inevitavelmente, o nível do nosso trabalho. Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade".
"É-nos pedido que ponhamos em evidência o plano luminoso de Deus para a família, e ajudemos os esposos a viverem-no com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades com uma pastoral inteligente, corajosa e amorosa".
Após a intervenção do Papa, o Cardeal Walter Kasper, Presidente emérito do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, apresentou uma palestra de teor "reservado aos participantes".
Ao longo dos dois dias de reunião estão previstas outras intervenções, com a participação dos 19 prelados que serão criados Cardeais pelo Papa Francisco sábado, 22, no primeiro Consistório de seu Pontificado.
A reflexão sobre a Família inclui-se na preparação do próximo Sínodo dos Bispos, que vai decorrer em outubro de 2014.
Fonte: Rádio Vaticana

sábado, 22 de fevereiro de 2014

BOA NOITE


A intercessão dos santos

A intercessão dos santos é algo maravilhoso. Quando nós precisamos de um favor de uma pessoa importante, mas não conseguimos chegar até ela, então, procuramos um mediador, um intercessor, que seja amigo dessa pessoa, para fazer a ela o nosso pedido. E a pessoa importante a atende por ter intimidade com nosso intercessor. Ora, fazemos o mesmo com Deus. Não temos intimidade com Ele como os santos que já estão na Sua glória; nossos pecados limitam nossa intimidade com o Pai; então, os santos nos ajudam. Mas, como eles podem ouvir todos os pedidos ao mesmo tempo sem que tenham a onisciência e a onipresença de Deus? É simples. Na vida eterna, já não há mais as realidades terrenas do tempo e espaço. A comunhão perfeita com Deus dá aos santos o conhecimento de nossas orações e pedidos e, na plenitude de Deus, e por meio d'Ele não há a dificuldade de atender a todos ao mesmo tempo, pois já não existe mais esse fator limitador. No Céu, a realidade é outra.

Alguns perguntam: mas os mortos não estão todos dormindo, aguardando a ressurreição? Não. Jesus contou o caso do pobre Lázaro, o qual já estava no seio de Abraão, vivo e salvo, e o rico que sofria as penas eternas. A alma não dorme. No livro de Macabeus (2Mac 15, 11-15) temos a narrativa de Judas Macabeus, que teve a visão do sacerdote Onias, já falecido, orando pelo povo judeu.

Por tudo isso, as imagens precisam ser bem feitas, mais parecidas possíveis com o santo. Não devemos fazer imagens mal feitas ou mal pintadas. Quando não há uma foto ou uma pintura de santos antigos, então é licito que artistas sugiram uma imagem que a Igreja abençoe.

Quando uma imagem que foi benzida se quebra, e não é possível restaurá-la, então deve ser enterrada, destruída ou colocada em um lugar onde não haja profanação dela. Se for de material combustível, pode ser queimada.

O Concílio Ecumênico de Nicéia, no ano 789, que aprovou o uso de imagens, disse:

“Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos padres e da tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos.”

São João Damasceno, doutor da Igreja, dizia: "A beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus."

Significado da imagem de um santo

A imagem de um santo tem um significado profundo. Quando se olha para ela, a imagem nos lembra que a pessoa, ali representada, é santa, viveu conforme a vontade de Deus. Então, é um “modelo de vida” para todos. 

A imagem lembra também que aquela pessoa está no céu, isto é, na comunhão plena com o Senhor; ela goza da chamada “visão beatífica de Deus” e intercede por nós sem cessar, como reza uma das orações eucarísticas da Missa. 

São Jerônimo dizia: “Se, aqui na Terra, os santos, em vida, rezavam e trabalhavam tanto por nós, quanto mais não o farão no céu, diante de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia que “ia passar o céu na terra”, isto é, intercedendo pelas pessoas.

O Catecismo da Igreja nos ensina o seguinte no §956: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na Terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49).

A imagem de um santo nos lembra ainda que ele é santo pelo poder e graça de Deus; então, a veneração da imagem dá glória ao Senhor, mais que ao santo. São Bernardo, doutor da Igreja, sempre que passava por uma imagem de Nossa Senhora dizia: “Salve, Maria!”. Um dia, depois de dizer essas palavras, Nossa Senhora lhe disse: “Salve, Bernardo!” 

Podemos tocar e beijar as imagens como um gesto de amor, reverência e veneração, não de adoração. Não fazemos isso com a imagem de um ente querido falecido? Podemos admirar as imagens – por isso elas devem ser bem feitas, em clima de oração – e rezar diante delas, pedindo ao santo, ali representado, que interceda diante de Deus. É Ele quem faz o milagre, mas o pedido vem dos santos, como nas Bodas de Caná, onde Jesus fez a transformação de 600 litros de água em vinho, “porque Sua Mãe intercedeu”. Ainda não era a hora dos seus milagres!

Por que a Igreja Católica cultua a imagem de santos?

A Igreja Católica nunca afirmou que devemos “adorar” as imagens.

Em primeiro lugar, é preciso entender que Deus não nos proíbe de fazer imagens, mas sim imagens “de ídolos”, ou seja, dedeuses falsos.

Já no Antigo Testamento, o próprio Deus prescreveu a confecção de imagens como querubins, serpentes de bronze, leões do palácio de Salomão etc. A Bíblia defende o uso de imagens como é possível verificar em muitas passagens: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7.10-14; 5,8; 1Sm 4,4; 2Sm 6,2; Sb 16,5-8; Ez 41,17-21; Hb 9,5 e outras mais.

Os profetas condenavam a confecção de imagens “de ídolos”: “Os que modelam ídolos nada são, as suas obras preciosas não lhes trazem nenhum proveito. Quem fabrica um deus e funde um ídolo que de nada lhe pode valer?” (Isaías 44,9-17).

O que é um ídolo? É aquilo que:
1 - substitui o único e verdadeiro Deus;
2 - são-lhes atribuídos poderes exclusivamente divinos, e
3 - são-lhe oferecidos sacrifícios devidos ao verdadeiro Deus. É o que os judeus antigos, no deserto, fizeram com o bezerro de ouro (cf. Ex 32).

Não é o que os católicos fazem. A Igreja Católica nunca afirmou que devemos “adorar” as imagens dos santos; mas venerá-las, o que é muito diferente.

A imagem é um objeto que apenas lembra a pessoa ali representada; o ídolo, por outro lado, “é o ser em si mesmo”. A quebra de uma imagem não destrói o ser que representa; já a destruição de um ídolo implica a destruição da falsa divindade.
Para Deus, e somente para Ele a Igreja presta um culto de adoração (“latria”), no qual reconhecemos Deus como Todo-Poderoso e Senhor do universo. Aos santos e anjos, a Igreja presta um culto de veneração (“dulia”), homenagem.

A Nossa Senhora, por ser a Mãe de Deus, a Igreja presta um culto de “hiper-dulia”, que não é adoração, mas hiper-veneração. A São José “proto-dulia”, primeira veneração.

A palavra “dulia” vem do grego “doulos”, que significa "servidor". Dulia, em português, quer dizer reverência, veneração. Latria é adoração; vem do grego “latreia”, que significa serviço ou culto prestado a um soberano senhor. Em outras palavras, significa adoração. Então, não há como confundir o culto prestado a Deus com o culto prestado aos santos.

Rogando aos santos não os olhamos nem os consideramos senão nossos intercessores para com Jesus Cristo, que é o único Medianeiro (cf. 1Tm 2,4) que nos remiu com Seu Sangue e por quem podemos alcançar a salvação. A mediação e intercessão dos santos não substituem a única e essencial mediação de Cristo, o único Sacerdote, mas é uma mediação “por meio de” Cristo, não paralela nem substitutiva. Sem a mediação única de Cristo nenhuma outra tem poder.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2014 (CONTINUAÇÃO)

O nosso testemunho
Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d’Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.
À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.
Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.
O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que fomos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.
Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.
Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Fonte: Página de News.va Português - www.facebook.com/news.va.pt?hc_location=timeline

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2014

«Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza» 
(cf. 2 Cor 8, 9)
Queridos irmãos e irmãs!
Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?
A graça de Cristo
Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).
A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata de um jogo de palavras, de uma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas o faz para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2).
Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na beira da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf.Rm 8, 29).
Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

CANÇÕES DE LOUVOR

Publicado em 17/02/2014 por Pedro Hummel
De cada 20 canções de louvor cantadas nos templos católicos e evangélicos 19 falam e cantam o louvor!
A solidariedade e a compaixão e a família raramente são celebradas nos templos. Os casais, pais e filhos, noivos, pobres e enfermos e a justiça social nunca são cantadas.
Isto, quando 130 dos 150 salmos cantam a libertação dos pobres e de um povo oprimido.
Canta-se voltado para o altar e raramente para o mundo lá fora sobre o qual se ora.
Na hora de orar os cantores pensam no mundo pecador. Mas, na hora de cantar esquecem de cantar as cruzes que o povo carrega.
A música religiosa católica e evangélica enveredou pelo funil do louvor e esqueceu os grandes temas bíblicos que os profetas celebravam!
É como se Isaías , Amós, Jeremias, Oséias e os Salmos não tivessem existido e só tivessem só cantado o louvores a Javé.
DE TAL MANEIRA A nova mídia religiosa entrou na música católica e pentecostal e evangélica , que na maioria das paróquias e seminários, e até das congregações e ordens com mística próprios e cantos próprios, o que ouve nas missas são as canções voltadas 97% para o louvor! Isto em todas as igrejas.
Os cristãos desistiram dos cantar a solidariedade e a compaixão! Vão na direção oposta os profetas libertadores.
Apenas abordam a libertação do coração pecador. Fome , violência , separações de famílias, crianças abandonadas, adolescentes sem educação, corrupção não se canta e não se exorta! Os profetas não fugiam destes temas! Os cantores cristãos dos últimos 30 optaram por não tocar nestes temas!
Família, ecumenismo, solidariedade, temas sociais, violência contra as mães, pais e filhos, enfermos, libertação, ecologia, nada disso é cantado, como se a Igreja só pudesse evangelizar com cantos de louvor!
Agem como se a compaixão pelos pobres, pelos enfermos e pelo dialogo em família não fossem uma forma de louvor!
Alguém tem que passar aos compositores e cantores de agora textos de Mateus 25, 31-46 ; Mt 7, 15-22 ; Mt 5, 23 e os salmos políticos e sociais para que se inspirem neles!
Liturgia não é só louvor. Também é teologia, sociologia, catequese familiar e compaixão.
Bastaria ver as leituras do dia, os salmos e os responsórios!
Quem os motivou essa moçada a só cantar louvores esqueceu de ensinar o louvor que clama em favor do pobre e do coração ferido!
Louvor sem compaixão é cruz de um só poste. Não tem os braços estendidos para as dores do povo!
Será que alguém vai me rebater e provar que estou enganado? Ou o que eu digo merece uma séria reflexão?
Padre Zezinho scj